Para obter hipertrofia muscular, que se caracteriza pelo aumento do volume e da capacidade de força das fibras dos músculos esqueléticos, é necessário desenvolver um treinamento baseado em exercícios musculares localizados com sobrecarga (musculação). Praticantes de atividades físicas que não se contentam com o treinamento, sendo estas atletas ou não, utilizam um catalisador da hipertrofia que é artificial e bastante perigoso: as drogas anabolizantes. Apesar de oferecerem resultados visíveis, o uso dessas drogas causa em médio e longo prazo, perigos que são bem maiores e menos controláveis que os ganhos.
Os anabolizantes são injetáveis ou utilizados por via oral, provocando um grau de hipertrofia que, por razões genéticas, não seria alcançado por métodos naturais e nem mesmo com o auxílio da suplementação alimentar. Os usuários, em sua maioria, ficam interessados em seus efeitos estéticos, porém, a forma externa “perfeita” oculta o estrago que acontece por dentro. Os prejuízos geralmente não são visíveis a um curto período de tempo, fazendo com que seja difícil convencer os adeptos da droga de que ela não é a melhor opção para um bom desempenho.
Os esteróides anabólicos nada mais são do que uma versão sintética de hormônios produzidos pelo organismo, ligados a função sexual masculina. Lembrando que as glândulas supra-renais secretam hormônios classificados como esteróides, que são subdivididos em: estróginos, andróginos e cortizona. Eles interferem na síntese de proteínas. Como o organismo já produz seus próprios esteróides, e para isso já obedece ao estímulo do treinamento físico, aumentando o anabolismo das fibras musculares, o uso dos esteróides aumentam o trabalho para as células, que acabam superprovidas de proteínas, ocasionando não a sua multiplicação mas sim o aumento do seu tamanho.
Aumentando os níveis do hormônio acima do normal causa diversos efeitos no organismo, que são variados de pessoa pra pessoa devido aos hábitos alimentares, conforme seu material genético, medicamentos que toma, dentre outros. Essas substâncias não são produtos cosméticos! São substâncias que interferem no funcionamento do corpo e da cabeça, podendo transformar uma pessoa de forma bastante traumática.. Não são raros os casos de atletas que já foram hospitalizados com sérios danos renais e hepáticos (inclusive câncer)., que são somados a outros problemas como acne severa, calvície, hipertrofia da próstata, hipertensão, tremores, retenção de líquidos, dores nas juntas, aumento da pressão sanguínea, aumento do colesterol ruim e baixa do colesterol bom, dor de cabeça, entre outros.
Outros efeitos graves do uso prolongado ou muito freqüente, já relatados, incluem redução no tamanho dos testículos e no número de espermatozóides, impotência, infertilidade, desenvolvimento de mamas em homens e dificuldade ou dor para urinar. Em adolescentes, pode ocasionar a maturação esquelética prematura e puberdade acelerada. As drogas também podem trazer dependência psicológica, levando o usuário à depressão.
Os principais esteróides anabolizantes são: oximetolona, metandriol, donazol, fluoximetil testosterona, mesterolona, metil testosterona. No Brasil os mais utilizados são a Testosterona e Nandrolona.
Referências Bibliográficas:
Livo "Mundo Anabólico" de Azenildo Moura Santos
Livro "Estuutura e funções do corpo humano." Editora Manole Ltda, 2002
Nathan Rocha
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