quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Alimentação Desportiva

A alimentação de um atleta deve ser diferenciada de um indivíduo sedentário devido o fato de um atleta ter um gasto de energia muito maior. O atleta está sujeito a muitos desgastes, por isso sua alimentação deve ser
monitorada como uma forma de prevenção e até mesmo reparação de danos causados pelo exercício. Pode se afirmar que, o atleta só terá seu desempenho ideal se o exercício estiver associado a uma alimentação adequada.

O nosso organismo utiliza diferentes substratos energéticos durante a atividade física, que podem ser a glicose, os ácidos graxos e os aminoácidos. A utilização de cada um depende da intensidade e da duração do exercício.

Cada organismo tem sua necessidade individual, por isso seria impossível definir uma alimentação ideal padrão. Mas, podemos ponderar várias considerações relevantes para a alimentação antes e depois do treino.

Alimentação pré-treino

Os principais objetivos da alimentação antes do treino é garantir um bom desempenho durante o exercício e a manutenção do glicogênio disponibilizando, assim, a energia para a realização do treino. Para suprir essas necessidades, o atleta deve escolher os carboidratos, que é a maior fonte de energia para o exercício muscular. Durante sua digestão, o carboidrato será quebrado em moléculas de glicose e armazenadas em forma de glicogênio, no fígado que é o glicogênio hepático, ou no músculo que é o glicogênio muscular. Essa alta concentração de glicose no sangue favorecerá o estado anabólico do atleta.

Alimentação pós-treino

O período pós-treino é o momento em que o corpo está induzido a fazer a síntese do glicogênio muscular, que é essencial para o atleta restabelecer a energia gasta durante o exercício. Além disso, durante o exercício, ocorrem micro lesões nas fibras musculares que devem ser reparadas. A ingestão de carboidratos é adequada para repor a reserva energética gasta durante o exercício, além de estimular a liberação de insulina que atuará na ativação de reações do anabolismo muscular. Junto ao carboidrato, deve-se ingerir proteínas que fornecerá aminoácidos necessários na reconstrução dessas fibras musculares danificadas pelo exercício.

Hidratação

Além da alimentação pré e pós treino, o atleta deve estar atento a hidratação. Durante o exercício, ele perde de 1 a 2 litros de líquido, que pode levar a desidratação, comprometer o seu bom rendimento, além de comprometer o crescimento muscular. Portanto, é fundamental a hidratação para total desempenho do exercício físico.



Referências Bibliográficas:

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Hormônio do Crescimento (GH)

Também chamado de "somatropina", o GH leva o nome "humano" por ser um dos únicos hormônios que possui a estrutura molecular diferente daquelas sintetizados por outros animais.



Sua liberação é controlada por um hormônio do hipotálamo: GHRH (Growth hormone release hormone) e é secretado pela hipófise. Dentre suas principais funções estão: 

  1. aumento da capitação de aminoácidos para a síntese protéica;
  2. Redução da quebra de proteínas;
  3. Acentuação da utilização de lipídios e diminuição da utilização de glicose para a obtenção de energia;
  4. Estimulação da reprodução celular (que é o crescimento tecidual);
  5. Estimulação do crescimento da cartilagem e do osso.

O GH estimula o fígado a secretar pequenas proteínas chamadas de "somatodinas" (ou fatores de crescimento semelhantes a insulina - Insulin like Growth factor) que atuam em conjunto com o GH aumentando seus efeitos.

Com o exercício a liberação de GH é estimulada por meio do estímulo a produção de proteínas que inibem a produção de "somatotastina" pelo fígado, um hormônio que reduz a liberação de GH. Por isso é recomentado a crianças que possuem nanisno a prática de exercício físico para ajudar na liberação do GH por meio da tentativa de inibição da "somastotatina".

Em idosos, ainda não se sabe o motivo (se é causa ou consequência da melhor idade), mas mesmo praticantes regulares de exercício físico, os níveis desse hormônio diminuem.
O GH é utilizado (aplicado) frequentemente entre atletas de modalidades que requerem mais força, causando a Acromegalia (crescimento dos ossos em espessura).


O GH e o sono:


A secreção do hormônio do crescimento é influenciado pelo jejum e por isso tem sua atividade mais pronunciada durante o período do sono. Aliás a secreção do GH é influenciado de várias formas. A queda brusca de nos níveis plasmáticos de glicose ou ácidos graxos, por exemplo, aumenta a sua produção, enquanto uma dieta rica em carboidratos ou uma carga de glicose pura provoca uma redução nos níveis plasmáticos do hormônio do crescimento. Porém não podemos deixar de fazer o exercício e optar apenas pelo sono. O exercício traz muito mais benefícios do que apenas inibir a somatostatina (hormônio que inibe a produção do GH), ou seja, o ideal e ter um equilíbrio entre a atividade e uma boa noite de sono.


Referências Bibliográficas:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?501
http://www.palavrademedico.kit.net/tema22.htm
http://www.projetodiretrizes.org.br/4_volume/02-Baixaesta.pdf

Ítala Gabriela S. Negrini

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

METABOLISMO ANAERÓBICO X AERÓBICO

Primeiramente, metabolismo é o caminho que o nosso corpo faz para produzir e utilizar energia. Nós temos basicamente duas formas para obtenção de energia: pelo metabolismo anaeróbio e pelo metabolismo aeróbio. Essas duas vias formam uma combinação de sistemas de energia que abastecem o combustível necessário para o exercício, de acordo com a duração do exercício e sua intensidade determinando qual das vias será utilizada.


Metabolismo Anaeróbio:

É o processo químico e fisiológico que o corpo faz para produzir energia sem a utilização de oxigênio. Temos dois mecanismos para não utilização de oxigênio:
  • Mecanismo da Fosfocreatina (alático)



O caminho de energia ATP-CP (chamado de sistema creatina fosfato) fornece cerca de 10 segundos de energia e é usada para tiros curtos de exercício, como uma corrida de 100 metros rasos ou musculação. Este caminho não requer nenhum oxigênio para gerar ATP. Ele primeiro utiliza qualquer ATP armazenado no músculo (nos primeiros 2-3 segundos de exercício intenso) e, em seguida, ele usa a creatina fosfato (CP) para ressintetizar ATP até o CP acabar (dos 6-8 segundos). Como as reservas de creatina fosfato no músculo são muito limitadas, depois que o ATP e CP são usados ​​o corpo vai passar para o metabolismo aeróbio ou anaeróbio (lático) para continuar a formar ATP para o exercício. 
  • Mecanismo da Glicogenólise (lático)

A via de energia anaeróbica, ou glicólise, forma ATP a partir do glicogênio armazenado no músculo sem a utilização de oxigênio. É um sistema mais complexo que o da creatina fosfato que consite na progressiva degradação d glicogênio de modo a fornecer energia pra que duas moléculas de ácido fosfórico se unem a outras duas moléculas de ADP (processo chamado de fosforilação) obtendo novas moléculas de ATP. Como resíduos dessa reação temos duas moléculas de água e outras duas de ácido lático. Esse mecanismo é usado para exercícios de alta intensidade e não duram mais do que alguns minutos antes de o ácido láctico-up atingir um limite conhecido como o limiar de lactato que provoca dores musculares, sensação de queima do músculo e fadiga, tornando difícil manter tal intensidade.

Os ácidos láticos que irão se acumular nos músculos durante o metabolismo anaeróbico devem ser eliminados. Você pode fazer isso mudando para uma atividade que vai levar ao metabolismo, como por exemplo, passar algum tempo andando por aí, em vez de se sentar ou ficar parado.


Metabolismo Aeróbio:
No metabolismo aeróbico são sintetizadas moléculas de ATP necessárias para a atividades de longa duração. Ele usa o oxigênio para converter os nutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), para ATP. Este sistema é um pouco mais lento do que os sistemas anaeróbios, dependendo do sistema circulatório para o transporte de oxigênio para os músculos para tal produção de energia. Utilizado principalmente durante exercícios de resistência, que é geralmente menos intensa e pode continuar por longos períodos de tempo.

Os ácidos graxos e o glicogênio são clivados formando substratos para o ciclo do oxalacetato. Os elétrons vão para a cadeia transportadora de elétrons e são ser captado por moléculas de oxigênio não mitocôndria. Esse processo é capaz de ressintetizar em média 36 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. Seu limiar é a quantidade de oxigênio transportado para as mitocôndrias.
                                                 
                                                                                                 Nathan Rocha

domingo, 27 de novembro de 2011

Isotônicos

Durante a prática de uma atividade física intensa, o nosso corpo perde uma quantidade significativa de água e eletrólitos. A desidratação causada pelo esforço físico pode influenciar negativamente no desempenho do atleta. Dessa forma, é fundamental que seja feita a reposição hídrica e eletrolítica. Quando o exercício não ultrapassar 1 hora de duração, a reposição pode ser feita com água. Mas, quando o exercício for mais prolongado e intenso, é recomendada a ingestão de um repositor hidrolítico, devido a grande perda de sais minerais.

As bebidas isotônicas são as recomendadas neste caso. Elas são formuladas com nutrientes que permitam o alcance e/ou manutenção do nível apropriado de energia para atletas¹ e possuem uma pequena quantidade de carboidrato em sua composição. Os isotônicos têm sua concentração de eletrólitos e a pressão osmótica semelhante a do nosso corpo, fazendo com que sua absorção seja mais rápida.


“As pessoas andam usando isotônicos de forma exagerada, inclusive crianças. O aumento de 60% nos últimos cinco anos no consumo de bebidas isotônicas fez com que a Anvisa mudasse a classificação de ''alimento para praticantes de atividade física'' para ''alimento para atletas''. Segundo a Anvisa, as bebidas isotônicas são alimentos para fins especiais classificadas como suplementos hidroelétrolitico para atletas, destinados a auxiliar a hidratação, com osmolalidade entre 270 a 330 mOsm/kg água no produto pronto para o consumo.” ²

A ingestão de forma inadequada dos isotônicos pode trazer grandes problemas para a saúde. Só deve ser consumido se houver a necessidade de ser feita a reposição hídrica e eletrolítica, caso isso não seja necessário e houver a ingestão, o excesso de sais no sangue desencadeará um agravamento no quadra de doenças crônicas como a diabetes e hipertensão.

Referências Bibliográficas:

Ana Lídia F. Lopes

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Classificação dos Hormônios

Quando fazemos exercício físico a necessidade de energia aumenta e sempre procuramos supri-la. A ventilação e fluxo sanguíneo aumenta para a melhor oxigenação dos músculos e aumenta o consumo de glicose pelas células musculares. Há também maior absorção nos ductos dos rins para preservar a água corporal da melhor forma possível, para que o corpo possa suportar a dissipação de calor e manter a função cardiovascular.

Todas as funções do corpo são permanentemente controladas pelo sistema nervoso e os hormônios atuam como intermediários entre a resposta elaborada no sistema nervoso e a resposta efetuada pelos órgãos-alvo.

Os hormônios são reguladores fisiológicos que podem acelerar ou diminuir a velocidade das reações e funções biológicas e, assim como as enzimas, as atividades continuam sem eles, porém, não em uma velocidade compatível com o bom funcionamento do corpo.

Os hormônios não formam um grupo específico de compostos químicos, mas podemos classificá-los como:

  1. Hormônios Esteróides - derivados do colesterol
  2. Hormônios não-esteróides - que são derivados de vários grupos como por exemplo de aminoácios (como por exemplo a adrenalina e a noradrenalina) e peptídeos (como o ADH e a insulina)
Os hormônios atuam de uma maneira inter relacionada, podendo ser essa relação cooperativa ou antagônica. Como os hormônios são transportados por meio do sangue, todas as células estão expostas a todos os hormônios, porém apenas certos tecidos tem a capacidade de responder a determinados hormônios, os receptores hormonais: moléculas com estruturas específicas localizadas dentro da célula ou na membrana citoplasmática que permitem o reconhecimento de cada hormônio e a partir daí, iniciar uma resposta. A nível celular essas respostam podem ser: 
  1. Alteração da velocidade da síntese proteica; 
  2. Mudança da velocidade da atividade enzimática; 
  3. A modificação do transporte através da membrana citoplasmática; 
  4. Indução da atividade secretora (atividade essa que poder ser inclusive de secretar outros hormônios, uma relação de cooperação)
Os hormônios esteróides são lipossolúveis e por isso conseguem atravessar a membrana e seus receptores se encontram dentro das células. Já Os hormônios não-esteróides são hidrossolúveis e por isso não conseguem ultrapassar a membrana citoplasmática e os seus receptores se encontram na membrana. Sendo assim, os hormônios não-esteróides tem a resposta nuclear muito mais rápida.

O exercício físico serve para estimular a secreção de determinados hormônios e é fator inibitório para outros. 

Referências Bibliográficas:

Ítala Gabriela S. Negrini

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ATIVIDADE FÍSICA X RADICAIS LIVRES


Atualmente a estética e a saúde são bastante valorizadas e o estudo sobre elas se aprofunda cada vez mais.

Os Radicais livres são colaboradores essenciais dessa nova era e por isso são bastante importantes, são produzidos naturalmente no nosso organismo por processos metabólicos oxidativos, e utilizados, por exemplo, na ativação do sistema imunológico. São formados pela redução incompleta do oxigênio, eles geram espécies que apresentam uma alta reatividade para outras biomoléculas. Algumas doenças como o câncer, a aterosclerose e o diabetes podem estar relacionadas ao acumulo das consequências do estresse oxidativo.


A prática de Exercício físico muito intenso em função do incremento do oxigênio aumentará a síntese de radicais livres de oxigênio (RLO). Porém o treinamento físico é capaz de produzir adaptações capazes de diminuir os efeitos nocivos provocados pelos radicais livres.

Essas adaptações estão relacionadas com o sistema enzimático, que é feito por superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase, também esta relacionada o sistema não enzimático composto por ceruloplasmia, hormônios sexuais, coenzima Q, ácido úrico proteínas de choque térmico, dentre outros.

Tais adaptações irão promover um aumento na resistência tecidual de desafios oxidativos, como aqueles causados pelo exercício físico intensivo (alta intensidade e longa duração). Pois, geralmente, durante a avaliação de estresse oxidativo não se é capaz de detectar injúria em exercícios do tipo leve ou moderado (baixa intensidade e curta duração).

Sendo assim, estão sendo medidos esforços físicos realizados por um longo período de tempo ou até a exaustão do atleta para estudo de novos marcadores de lesão por ação dos radicais livres de oxigênio.

Os alimentos antioxidantes são formados por vitaminas, minerais, pigmentos naturais e outros compostos vegetais, eles bloqueiam o efeito danoso dos radicais livres, pois como o exercício exaustivo pode leva a geração de radicais livres, que em excesso danificam as membranas celulares dos músculos causando dor muscular. O uso do antioxidante irá atuar na prevenção de danos ao tecido muscular tornando o treinamento mais eficaz.

Exemplos de alimentos antioxidantes: frutas cítricas, brócolis e pimenta, castanhas, feijão, óleos vegetais, abobora, mamão, batata doce, frutos do mar, dentre outros.


Referências Bibliográficas:

Luana Mondadori



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Watch 'n' Ask!


1) Pergunta do grupo de CÂNCER:
"O exercício físico é benéfico para os diabéticos devido ao aumento da produção de GLUT muscular, porém ele também pode trazer benefícios através dos hormônios adrenalina e noradrenalina que atuam na produção de insulina, como foi mencionado pelo grupo. Como esses hormônios atuam na produção da insulina?"

Tanto a adrenalina quanto a noradrenalina dilatam as vias aéreas para facilitar a captação de O2. A adrenalina tem o efeito oposto à insulina, ela é liberada quando o nível de glicose está baixo, estimula a secreção de glucagon e inibe a secreção de insulina, reforçando seu efeito de mobilização de combustível e inibição do seu armazenamento. A presença da adrenalina na corrente sanguínea aciona mecanismos de mobilização dos triacilglicerídios para produção de açúcar.


2) Pergunta do grupo de RADICAIS LIVRES
"O exercício físico, por vezes, é exaltado pela mídia como benéfico à saúde. Entretanto, seu excesso pode resultar em malefícios ao organismo. Como o excesso de exercícios físicos está relacionado com o processo de envelhecimento celular e a bioquímica do câncer?"

A prática de exercício físico está diretamente ligada à produção de radicais livres, que são moléculas instáveis e reativas que levam ao envelhecimento e morte celular. Logo, quando a prática de exercícios físicos ocorrer em excesso, haverá um aumento no consumo de oxigênio desencadeando a liberação de radicais livres em excesso também. Esse excesso de radicais livres é chamado de estresse oxidativo. Os radicais livres atuam na célula alterando suas membranas e dando-lhe uma característica de célula velha, essa célula é eliminada pelo sistema imunológico. Porém, quando o número de células alteradas é muito grande e o sistema imune não é capaz de eliminá-las, devido a inativação de enzimas da membrana celular, essa células começarão a agir de maneira inadequada no organismo. O código genético dessas células também pode ser alterado, dessa forma, com a multiplicação delas ocorrerá o aparecimento de doenças como o câncer. 


3) Pergunta do grupo de HOMEOPATIA:
"Por que o hormônio GH tem sua atividade mais pronunciada durante o período do sono? Em nível celular e molecular, quais são os mecanismos envolvidos nesse controle? Tendo isso em vista, é melhor fazer pouco exercício e dormir mais do que fazer muito exercício e dormir pouco?"

Porquê a secreção desse hormônio é influenciado pelo jejum. Aliás a secreção do GH é influenciado de várias formas. A queda brusca de nos níveis plasmáticos de glicose ou ácidos graxos, por exemplo, aumenta a sua produção, enquanto uma dieta rica em carboidratos ou uma carga de glicose pura provoca uma redução nos níveis plasmáticos do hormônio do crescimento. Porém não podemos deixar de fazer o exercício e optar apenas pelo sono. O exercício traz muito mais benefícios do que apenas inibir a somatostatina (hormônio que inibe a produção do GH), ou seja, o ideal e ter um equilíbrio entre a atividade e uma boa noite de sono.

Referências Bibliográficas:

inForma

domingo, 20 de novembro de 2011

Anabolizantes

Para obter hipertrofia muscular, que se caracteriza pelo aumento do volume e da capacidade de força das fibras dos músculos esqueléticos, é necessário desenvolver um treinamento baseado em exercícios musculares localizados com sobrecarga (musculação). Praticantes de atividades físicas que não se contentam com o treinamento, sendo estas atletas ou não, utilizam um catalisador da hipertrofia que é artificial e bastante perigoso: as drogas anabolizantes. Apesar de oferecerem resultados visíveis, o uso dessas drogas causa em médio e longo prazo, perigos que são bem maiores e menos controláveis que os ganhos.
 
Os anabolizantes são injetáveis ou utilizados por via oral, provocando um grau de hipertrofia que, por razões genéticas, não seria alcançado por métodos naturais e nem mesmo com o auxílio da suplementação alimentar. Os usuários, em sua maioria, ficam interessados em seus efeitos estéticos, porém, a forma externa “perfeita” oculta o estrago que acontece por dentro. Os prejuízos geralmente não são visíveis a um curto período de tempo, fazendo com que seja difícil convencer os adeptos da droga de que ela não é a melhor opção para um bom desempenho.

Os esteróides anabólicos nada mais são do que uma versão sintética de hormônios produzidos pelo organismo, ligados a função sexual masculina. Lembrando que as glândulas supra-renais secretam hormônios classificados como esteróides, que são subdivididos em: estróginos, andróginos e cortizona. Eles interferem na síntese de proteínas. Como o organismo já produz seus próprios esteróides, e para isso já obedece ao estímulo do treinamento físico, aumentando o anabolismo das fibras musculares, o uso dos esteróides aumentam o trabalho para as células, que acabam superprovidas de proteínas, ocasionando não a sua multiplicação mas sim o aumento do seu tamanho.

Aumentando os níveis do hormônio acima do normal causa diversos efeitos no organismo, que são variados de pessoa pra pessoa devido aos hábitos alimentares, conforme seu material genético, medicamentos que toma, dentre outros. Essas substâncias não são produtos cosméticos! São substâncias que interferem no funcionamento do corpo e da cabeça, podendo transformar uma pessoa de forma bastante traumática.. Não são raros os casos de atletas que já foram hospitalizados com sérios danos renais e hepáticos (inclusive câncer)., que são somados a outros problemas como acne severa, calvície, hipertrofia da próstata, hipertensão, tremores, retenção de líquidos, dores nas juntas, aumento da pressão sanguínea, aumento do colesterol ruim e baixa do colesterol bom, dor de cabeça, entre outros.

Outros efeitos graves do uso prolongado ou muito freqüente, já relatados, incluem redução no tamanho dos testículos e no número de espermatozóides, impotência, infertilidade, desenvolvimento de mamas em homens e dificuldade ou dor para urinar. Em adolescentes, pode ocasionar a maturação esquelética prematura e puberdade acelerada. As drogas também podem trazer dependência psicológica, levando o usuário à depressão. 

Os principais esteróides anabolizantes são: oximetolona, metandriol, donazol, fluoximetil testosterona, mesterolona, metil testosterona. No Brasil os mais utilizados são a Testosterona e Nandrolona.



Referências Bibliográficas:
Livo "Mundo Anabólico" de Azenildo Moura Santos
Livro "Estuutura e funções do corpo humano." Editora Manole Ltda, 2002 

Nathan Rocha

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Contração Muscular

A força contrátil do músculo é gerada pela interação de duas proteínas, miosina e actina. Elas estão organizadas em filamentos que são submetidos a interações transitórias e deslizam uns sobre os outros para realizar a contração. A miosina apresenta duas cadeias pesadas e quatro leves. Cada cadeia pesada tem na extremidade um domínio globular grande contendo o sítio onde o ATP é hidrolisado. No músculo estriado as miosinas se agrupam em forma de bastão bipolar longo, são os chamados filamentos grossos, os centros da unidade contrátil.

Os monômeros de actina se associam para formar um polímero longo chamado actina F. O filamento fino consiste em actina F juntamente com troponina e tropomiosina.


Na contração, a hidrólise do atp resulta em uma série de mudanças conformacionais nas quais a miosina libera a subunidade de actina F e se liga a outra subunidade mais distante ao longo do filamento fino. Isso ocorre em 4 etapas:
  1. O ATP se liga a miosina e uma fenda se abre liberando a actina
  2. O ATP é hidrolisado, causando na proteína uma mudança conformacional para um estado de alta energia que move a cabeça da miosina e muda sua orientação em relação ao filamento fino.
  3. Com a liberação do Pi, a fenda se fecha, fortalecendo a ligação actina-miosina.
  4. "um movimento de força" ocorre durante o qual a cabeça de miosina retorna para sua posição inicial, porém com outra actina G ligada à ela. ADP é liberado no processo.
É esse processo ocorrendo simultaneamente com várias cabeças de miosina que realiza a contração.Uma vez que existem muitas cabeças de miosina em um filamento grosso, a cada dado momento sempre tem uma quantidade de cabeças ligadas ao filamento fino, evitando assim um "escorregamento" e coordenando a contração.

A interação miosina-actina deve ser regulada de forma que só ocorra em resposta a sinais apropriados do sistema nervoso. A regulação é mediada por um complexo de duas proteínas, tropomiosina e troponina.

A tropomiosina é uma alfa hélice que se liga ao filamento fino, bloqueando os sítios de acoplamento para a cabeça de miosina. A troponina é uma proteína ligadora de Ca2+. O impulso nervoso causa liberação do íon cálcio do retículo sarcoplasmático. O íon se liga a esta proteína gerando mais uma mudança conformacional nos complexos tropomiosina-troponina, expondo os sítios de ligação à miosina nos filamentos finos, seguindo assim a contração.

Referências Bibliográficas: 
Princípios de Bioquímica de Lehninger. David l. Nelson e Michael M. Cox. 5ª edição, ED. ARTMED
Bioquimica Basica - 2 Ed - Anita Marzzoco, Bayardo Baptista Torres
http://www.slideshare.net/israel.gyn/contrao-muscular-bioqumica
http://www.santafisio.com

Thiago Teixeira

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Diabetes e Exercício Físico


“O exercício físico é aceito como agente preventivo e terapêutico de diversas enfermidades. No tratamento de doenças cardiovasculares e crônicas, a atividade física tem sido apontada como principal medida não farmacológica, assumindo aspecto benéfico e protetor.” (http://www.efdeportes.com/efd93/diabetes.htm).

Tipo de diabetes:

Diabete Melito tipo 1 ocorre quando a pessoa possui pouca células β (células do pâncreas produtoras de insulina), sendo assim não são capazes de transportas insulina suficiente para a entrada da glicose no sangue e para as células do organismo. Quando a insulina é insuficiente após uma refeição contendo carboidratos a glicose tem a tendência de se acumular a níveis anormais no sangue, a hiperglicemia, e provocando alterações no organismo.

Já a diabetes do tipo 2 se caracteriza pela continua produção de insulina pelo pâncreas, porém as células adiposas e musculares não conseguem metabolizara glicose do sangue, esta doença é comum que a diabetes tipo 1 e ocorre com mais frequência em pessoas mais velhas, seu tratamento deve ser feito com exercícios diários, dieta e insulina. 

Mas por que o exercício físico é tão importante no tratamento e na prevenção dessa doença?

O que acontece é que no musculo esquelético, musculo cardíaco e tecido adiposo a glicose entra nas células com a ajuda de transportadores especializados, conhecidos como GLUT 4 que esta armazenado em pequenas vesículas dentro da células e se desloca para a para a membrana plasmática dependendo da quantidade da insulina. O exercício físico aumenta o numero de GLUt’s no músculo o que facilita a captação da glicose, auxiliando inclusive em quem possui diabetes. Estudos comprovam que a atividade física aumenta a massa muscular, diminui a resistência insulínica e melhora a captação muscular de glicose.

E os idosos?

A população está envelhecendo cada vez mais e a diabetes melito tipo 2 é a com maior incidência nessas pessoas. O diabetes está presente em 18% dos idosos e mais de 50% são maiores de 60 anos. Este tipo de diabetes ocorre mais nos idosos pelo fato deles apresentarem uma maior deposição da beta amilóide ( proteína que forma placas características do Mal de Alzheimer ) com uma diminuição da produção de insulina. Outra condição para que ocorra a diabetes são as mudanças corporais pelas quais passamos ao longo da vida como a diminuição da massa magra e o aumento da massa gorda e uma diminuição da atividade física levando a uma resistência insulínica. 

Portanto, a hiperglicemia crônica que ocorre quando o diabetes não esta sendo controlado pode diminuir a funcionalidade do idoso, afetando suas atividades diárias e diminuindo sua qualidade de vida.

Referências Bibliográficas:

Luana Mondadori

sábado, 5 de novembro de 2011

Fibra Muscular e sua Classificação


Existem tipos diferentes de fibras musculares, diferenciadas quanto ao metabolismo energético que elas fazem e a velocidade de contração.

Tipos de fibras musculares esqueléticas:
  • Tipo I : fibras vermelhas ou lentas oxidativas
Nas fibras tipo I predomina o metabolismo aeróbico, pois estão repletas de enzimas oxidativas (succinato desidrogenase, NAD desidrogenase, citocromo oxidase)

Apresentam cor vermelho-escuro devido à grande vascularização e presença de mioglobina, que permite boa oxigenação no tecido, além de bastante mitocôndria, onde ocorre a oxidação completa de glicose e a beta-oxidação(ácidos graxos).Possuem um calibre menor para facilitar a difusão do oxigênio até as mitocôndrias. Como o produção de ATP por processos aeróbicos é lenta, essas fibras contraem mais lentamente, porém apresentam mais resistência à fadiga, se encontrando principalmente em músculos cuja atividade é constante,por isso é mais viável que sejam predominantes as fibras com bastante resistência à fadiga. como os de sustentação à coluna vertebral.

  • Tipo II : fibras brancas ou rápidas
Predominam a via glicolítica, a regeneração do atp a partir da fosfocreatina e a fermentação láctica, ou seja, maneiras anaeróbicas de conseguir atp. Essas fibras serão ativadas quando for necessário uma contração rápida de explosão que as vias oxidativas não podem proporcionar. porém um rendimento baixo dos carboidratos e rápida fadiga.As enzimas predominantes são a fosfofrutoquinase, a creatinofosfoquinase e lactato desidrogenase. As fibras tipo II apresentam dois subgrupos.

  • Tipo IIa:
São fibras predominantemente anaeróbicas, mas que apresentam certa quantidade de enzimas oxidativas e mitocôndrias, resultando em uma fibra intermediária com alguma capacidade de resistência.

  • Tipo IIb: 
São fibras com fibras com o metabolismo quase exclusivamente anaeróbico. Praticamente destituídas de mioglobina, por isso exibem cor branca. Com poucas mitocôndrias, ou seja, metabolizam apenas glicose pois não fazem a beta-oxidação além de não fazerem ciclo de Krebs. causam um grande acúmulo de ácido láctico e H+ após o exercício. 

Referências Bibliográficas: 
Princípios de Bioquímica de Lehninger. David l. Nelson e Michael M. Cox. 5ª edição, ED. ARTMED
Bioquimica Basica - 2 Ed - Anita Marzzoco, Bayardo Baptista Torres
http://www.slideshare.net/israel.gyn/contrao-muscular-bioqumica
http://www.santafisio.com

Thiago Teixeira

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Creatina - Metabolismo e Suplementação

Dentre os suplementos alimentares utilizados atualmente para obter-se melhores resultados em exercícios físicos, a creatina sem duvida é um dos mais populares, e está relacionada à uma melhora no desempenho de atividades intensas e de curta duração, que envolve respiração anaeróbica.


O ácido metil-guanidinoacético(creatina) é um composto formado pelos aminoácidos glicina, arginina(não essenciais) e metionina(essencial) e é produzido pelo corpo humano em condições normais no fígado. Sua maior parte é encontrada nos músculos na forma fosforilada creatina-fosfato. Sua quebra catalizada pela creatina-quinase permite a liberação do grupo fosfato, que será usado para sintetizar ATP, e creatinina, que será eliminada pela urina. Ao aumentar a sintese de ATP na contração muscular, é permitido uma produção energética a mais, além da fermentação láctica, que será menos intensa consequentemente evitando uma diminuição no ph do músculo. Lembrando que a respiração aeróbica é inviável devido à velocidade das vias metabólicas envolvidas.

A suplementação se baseia na idéia de que quanto mais creatina-fosfato disponível, mais ATPs poderão ser formados de forma rápida em uma contração muscular, possibilitando um melhor desempenho em provas de explosão ou levantamento de pesos. Nos alimentos, a creatina pode ser encontrada na carne, sendo cerca de 5g de creatina por kg de carne. Apesar das controversas, a maneira mais comum de se suplementar com creatina é passando por uma semana de saturação(10 a 20 g/dia) e daí em diante, a fase de manutenção (5g/dia), quantidades que dificilmente serão obtidas pela dieta.


Como todo suplemento alimentar, é crucial que sejam feitos exames médicos previamente. Pacientes com problemas renais devem evitar tal suplementação devido à maneira que a creatinina é excretada. A combinação imprudente de uma dieta hiperproteica e suplementação de creatina sem acompanhamento profissional pode sobrecarregar os rins, que fazem a filtração glomerular para retirar os compostos nitrogenados decorrentes da desaminação de aminoácidos. 

Referências Bibliográficas:

JEONG et al, 2000; KRISTENSEN et al, 1999; SCHIFFENBAUER et al, 1996; ARA et al, 1998 e MILLER et al, 1993

Rev Bras Med Esporte vol.14 no.1 Niterói Jan./Feb. 2008


Thiago Teixeira