Ao longo da idade há um aumento da taxa de consumo máximo de oxigênio (VO2max). Esse aumento ocorre devido à potência aeróbica, mais elevada nos homens que nas mulheres. A potência aeróbica é diretamente proporcional a quantidade de fibras musculares no corpo à suas devidas proporções. Se colocarmos um fator de correção do consumo máximo de O2 pela quantidade de fibras musculares, não há o aumento do mesmo em crianças e adolescentes do sexo masculino (VO2max/kg peso corporal permanece constante), já do sexo feminino ocorre um declínio desse VO2max por peso corporal.
Quanto mais “maduro” o corpo, maior vai ser sua potência anaeróbica, que está mais intimamente ligada ao fator idade que do aumento de massa muscular. Antes da puberdade a potência anaeróbica não se difere significantemente entre meninos e meninas. Apenas depois da puberdade ocorre uma diferença que vai crescendo proporcionalmente nos meninos. Portanto, esse fator cresce tanto devido a questão do homem produzir mais testosterona (hormônio masculino) que as mulheres, quanto ao maior percentual de massa magra. A criança tem a vantagem de produzir menos lactato que um adulto quando realiza um exercício de intensidade média/alta. Essa vantagem faz com que a criança se recupere em um tempo menor e esteja preparada para uma nova atividade sem que sinta dores musculares. Porém, quando ocorre a fase de maturação, o indivíduo passa a potencializar o tamponamento da acidose muscular, permitindo-lhe que desenvolva treinos mais pesados e intensos.
Uma das desvantagens que o corpo de uma criança trás consigo ao realizar uma atividade física é a grande troca de calor com o meio, podendo ocorrer um aumento excessivo da temperatura corporal ao ponto de danificar algumas reações bioquímicas, causando enfermos. No adulto, essa complicação é menos provável uma vez que sua superfície corporal por unidade de massa corporal é menor, tornando mais difícil a troca de calor com o meio.
Nathan Rocha
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