quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Classificação dos Hormônios

Quando fazemos exercício físico a necessidade de energia aumenta e sempre procuramos supri-la. A ventilação e fluxo sanguíneo aumenta para a melhor oxigenação dos músculos e aumenta o consumo de glicose pelas células musculares. Há também maior absorção nos ductos dos rins para preservar a água corporal da melhor forma possível, para que o corpo possa suportar a dissipação de calor e manter a função cardiovascular.

Todas as funções do corpo são permanentemente controladas pelo sistema nervoso e os hormônios atuam como intermediários entre a resposta elaborada no sistema nervoso e a resposta efetuada pelos órgãos-alvo.

Os hormônios são reguladores fisiológicos que podem acelerar ou diminuir a velocidade das reações e funções biológicas e, assim como as enzimas, as atividades continuam sem eles, porém, não em uma velocidade compatível com o bom funcionamento do corpo.

Os hormônios não formam um grupo específico de compostos químicos, mas podemos classificá-los como:

  1. Hormônios Esteróides - derivados do colesterol
  2. Hormônios não-esteróides - que são derivados de vários grupos como por exemplo de aminoácios (como por exemplo a adrenalina e a noradrenalina) e peptídeos (como o ADH e a insulina)
Os hormônios atuam de uma maneira inter relacionada, podendo ser essa relação cooperativa ou antagônica. Como os hormônios são transportados por meio do sangue, todas as células estão expostas a todos os hormônios, porém apenas certos tecidos tem a capacidade de responder a determinados hormônios, os receptores hormonais: moléculas com estruturas específicas localizadas dentro da célula ou na membrana citoplasmática que permitem o reconhecimento de cada hormônio e a partir daí, iniciar uma resposta. A nível celular essas respostam podem ser: 
  1. Alteração da velocidade da síntese proteica; 
  2. Mudança da velocidade da atividade enzimática; 
  3. A modificação do transporte através da membrana citoplasmática; 
  4. Indução da atividade secretora (atividade essa que poder ser inclusive de secretar outros hormônios, uma relação de cooperação)
Os hormônios esteróides são lipossolúveis e por isso conseguem atravessar a membrana e seus receptores se encontram dentro das células. Já Os hormônios não-esteróides são hidrossolúveis e por isso não conseguem ultrapassar a membrana citoplasmática e os seus receptores se encontram na membrana. Sendo assim, os hormônios não-esteróides tem a resposta nuclear muito mais rápida.

O exercício físico serve para estimular a secreção de determinados hormônios e é fator inibitório para outros. 

Referências Bibliográficas:

Ítala Gabriela S. Negrini

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ATIVIDADE FÍSICA X RADICAIS LIVRES


Atualmente a estética e a saúde são bastante valorizadas e o estudo sobre elas se aprofunda cada vez mais.

Os Radicais livres são colaboradores essenciais dessa nova era e por isso são bastante importantes, são produzidos naturalmente no nosso organismo por processos metabólicos oxidativos, e utilizados, por exemplo, na ativação do sistema imunológico. São formados pela redução incompleta do oxigênio, eles geram espécies que apresentam uma alta reatividade para outras biomoléculas. Algumas doenças como o câncer, a aterosclerose e o diabetes podem estar relacionadas ao acumulo das consequências do estresse oxidativo.


A prática de Exercício físico muito intenso em função do incremento do oxigênio aumentará a síntese de radicais livres de oxigênio (RLO). Porém o treinamento físico é capaz de produzir adaptações capazes de diminuir os efeitos nocivos provocados pelos radicais livres.

Essas adaptações estão relacionadas com o sistema enzimático, que é feito por superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase, também esta relacionada o sistema não enzimático composto por ceruloplasmia, hormônios sexuais, coenzima Q, ácido úrico proteínas de choque térmico, dentre outros.

Tais adaptações irão promover um aumento na resistência tecidual de desafios oxidativos, como aqueles causados pelo exercício físico intensivo (alta intensidade e longa duração). Pois, geralmente, durante a avaliação de estresse oxidativo não se é capaz de detectar injúria em exercícios do tipo leve ou moderado (baixa intensidade e curta duração).

Sendo assim, estão sendo medidos esforços físicos realizados por um longo período de tempo ou até a exaustão do atleta para estudo de novos marcadores de lesão por ação dos radicais livres de oxigênio.

Os alimentos antioxidantes são formados por vitaminas, minerais, pigmentos naturais e outros compostos vegetais, eles bloqueiam o efeito danoso dos radicais livres, pois como o exercício exaustivo pode leva a geração de radicais livres, que em excesso danificam as membranas celulares dos músculos causando dor muscular. O uso do antioxidante irá atuar na prevenção de danos ao tecido muscular tornando o treinamento mais eficaz.

Exemplos de alimentos antioxidantes: frutas cítricas, brócolis e pimenta, castanhas, feijão, óleos vegetais, abobora, mamão, batata doce, frutos do mar, dentre outros.


Referências Bibliográficas:

Luana Mondadori



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Watch 'n' Ask!


1) Pergunta do grupo de CÂNCER:
"O exercício físico é benéfico para os diabéticos devido ao aumento da produção de GLUT muscular, porém ele também pode trazer benefícios através dos hormônios adrenalina e noradrenalina que atuam na produção de insulina, como foi mencionado pelo grupo. Como esses hormônios atuam na produção da insulina?"

Tanto a adrenalina quanto a noradrenalina dilatam as vias aéreas para facilitar a captação de O2. A adrenalina tem o efeito oposto à insulina, ela é liberada quando o nível de glicose está baixo, estimula a secreção de glucagon e inibe a secreção de insulina, reforçando seu efeito de mobilização de combustível e inibição do seu armazenamento. A presença da adrenalina na corrente sanguínea aciona mecanismos de mobilização dos triacilglicerídios para produção de açúcar.


2) Pergunta do grupo de RADICAIS LIVRES
"O exercício físico, por vezes, é exaltado pela mídia como benéfico à saúde. Entretanto, seu excesso pode resultar em malefícios ao organismo. Como o excesso de exercícios físicos está relacionado com o processo de envelhecimento celular e a bioquímica do câncer?"

A prática de exercício físico está diretamente ligada à produção de radicais livres, que são moléculas instáveis e reativas que levam ao envelhecimento e morte celular. Logo, quando a prática de exercícios físicos ocorrer em excesso, haverá um aumento no consumo de oxigênio desencadeando a liberação de radicais livres em excesso também. Esse excesso de radicais livres é chamado de estresse oxidativo. Os radicais livres atuam na célula alterando suas membranas e dando-lhe uma característica de célula velha, essa célula é eliminada pelo sistema imunológico. Porém, quando o número de células alteradas é muito grande e o sistema imune não é capaz de eliminá-las, devido a inativação de enzimas da membrana celular, essa células começarão a agir de maneira inadequada no organismo. O código genético dessas células também pode ser alterado, dessa forma, com a multiplicação delas ocorrerá o aparecimento de doenças como o câncer. 


3) Pergunta do grupo de HOMEOPATIA:
"Por que o hormônio GH tem sua atividade mais pronunciada durante o período do sono? Em nível celular e molecular, quais são os mecanismos envolvidos nesse controle? Tendo isso em vista, é melhor fazer pouco exercício e dormir mais do que fazer muito exercício e dormir pouco?"

Porquê a secreção desse hormônio é influenciado pelo jejum. Aliás a secreção do GH é influenciado de várias formas. A queda brusca de nos níveis plasmáticos de glicose ou ácidos graxos, por exemplo, aumenta a sua produção, enquanto uma dieta rica em carboidratos ou uma carga de glicose pura provoca uma redução nos níveis plasmáticos do hormônio do crescimento. Porém não podemos deixar de fazer o exercício e optar apenas pelo sono. O exercício traz muito mais benefícios do que apenas inibir a somatostatina (hormônio que inibe a produção do GH), ou seja, o ideal e ter um equilíbrio entre a atividade e uma boa noite de sono.

Referências Bibliográficas:

inForma

domingo, 20 de novembro de 2011

Anabolizantes

Para obter hipertrofia muscular, que se caracteriza pelo aumento do volume e da capacidade de força das fibras dos músculos esqueléticos, é necessário desenvolver um treinamento baseado em exercícios musculares localizados com sobrecarga (musculação). Praticantes de atividades físicas que não se contentam com o treinamento, sendo estas atletas ou não, utilizam um catalisador da hipertrofia que é artificial e bastante perigoso: as drogas anabolizantes. Apesar de oferecerem resultados visíveis, o uso dessas drogas causa em médio e longo prazo, perigos que são bem maiores e menos controláveis que os ganhos.
 
Os anabolizantes são injetáveis ou utilizados por via oral, provocando um grau de hipertrofia que, por razões genéticas, não seria alcançado por métodos naturais e nem mesmo com o auxílio da suplementação alimentar. Os usuários, em sua maioria, ficam interessados em seus efeitos estéticos, porém, a forma externa “perfeita” oculta o estrago que acontece por dentro. Os prejuízos geralmente não são visíveis a um curto período de tempo, fazendo com que seja difícil convencer os adeptos da droga de que ela não é a melhor opção para um bom desempenho.

Os esteróides anabólicos nada mais são do que uma versão sintética de hormônios produzidos pelo organismo, ligados a função sexual masculina. Lembrando que as glândulas supra-renais secretam hormônios classificados como esteróides, que são subdivididos em: estróginos, andróginos e cortizona. Eles interferem na síntese de proteínas. Como o organismo já produz seus próprios esteróides, e para isso já obedece ao estímulo do treinamento físico, aumentando o anabolismo das fibras musculares, o uso dos esteróides aumentam o trabalho para as células, que acabam superprovidas de proteínas, ocasionando não a sua multiplicação mas sim o aumento do seu tamanho.

Aumentando os níveis do hormônio acima do normal causa diversos efeitos no organismo, que são variados de pessoa pra pessoa devido aos hábitos alimentares, conforme seu material genético, medicamentos que toma, dentre outros. Essas substâncias não são produtos cosméticos! São substâncias que interferem no funcionamento do corpo e da cabeça, podendo transformar uma pessoa de forma bastante traumática.. Não são raros os casos de atletas que já foram hospitalizados com sérios danos renais e hepáticos (inclusive câncer)., que são somados a outros problemas como acne severa, calvície, hipertrofia da próstata, hipertensão, tremores, retenção de líquidos, dores nas juntas, aumento da pressão sanguínea, aumento do colesterol ruim e baixa do colesterol bom, dor de cabeça, entre outros.

Outros efeitos graves do uso prolongado ou muito freqüente, já relatados, incluem redução no tamanho dos testículos e no número de espermatozóides, impotência, infertilidade, desenvolvimento de mamas em homens e dificuldade ou dor para urinar. Em adolescentes, pode ocasionar a maturação esquelética prematura e puberdade acelerada. As drogas também podem trazer dependência psicológica, levando o usuário à depressão. 

Os principais esteróides anabolizantes são: oximetolona, metandriol, donazol, fluoximetil testosterona, mesterolona, metil testosterona. No Brasil os mais utilizados são a Testosterona e Nandrolona.



Referências Bibliográficas:
Livo "Mundo Anabólico" de Azenildo Moura Santos
Livro "Estuutura e funções do corpo humano." Editora Manole Ltda, 2002 

Nathan Rocha